História
O povoamento do território desta freguesia data de tempos muitos remotos a avaliar pela existência de fortificações castrejas nas vizinhanças, especialmente pelas antas da Chã do Torrão em Selim. A própria toponímia mais representativa também é testemunha dessa antiguidade, através de:
– Bouças do Rei, Cabana do Freixo, Carrascal, Casarão, Cerquedo, Crasto, Crastos, Currais, Detrás da Cabana, Lapa, Lapa da Moura, Padornelo, Penedo da Cadeia, Quinta e Tomada, no lugar de Selim;
– Assento, Currais e Fornos, no lugar d’Aldeia, Caneiro, Casais, Celeiros, Crestos, Granja e Tomada, no lugar da Bouça;
– Castelo, Cima, Escutado, Fojo, Quinta, Secas e Talho, no lugar de Pinheiro;
– Assento, Cima, Fojo, Mosteiro, Paço e Residência, no lugar da Porta.
Há, ainda, a referir os casos de:
– Pousada, no lugar da Aldeia, do arcaico “pausada”;
– Trancoso, no lugar da Bouça, do arcaico “troncoso”,
– Selim, genitivo de um nome pessoal de origem germânica
– “Sillinus”, isto é, “villa Sillini”;
– Couto da Costa, em Aldeia, que reforça o principal Couto, do arcaico “couto” no primeiro nome, significando um padrão (ou marco) limitante (colocado no sítio da Costa), e no segundo significando o próprio território privilegiado.
Trata-se do próprio Couto d’Ázere, criação de D. Teresa por carta datada de 2 de setembro de 1125, com que a “rainha” doa e couta à Sé de Tui: «… monasterium quoddam quod est in Valle de vez nomine Azar».
Atualmente, as freguesias de Ázere e Couto estão separadas, mas inicialmente constituíam uma só: Couto de Ázere. Naquela existia o mosteiro, causa do coutamento, e nesta estava a cabeça do couto quando este, por jurisdição senhorial, se manifestou em Concelho, tendo seu pelourinho no lugar da Porta (que talvez o possam confirmar os topónimos locais contíguos: Paço e Coto ou Couto “da Cruz”). Dai a razão de se chamar Couto a esta freguesia, embora, antes, se tenha chamado Gândara, topónimo ainda existente no lugar da Bouça. Ainda relativamente ao lugar de Selim, José Cândido Gomes diz que «… provém d’um senhor árabe, que alli réstia muitos annos. No logar há vestígios de civilisação árabe. Corre neste logar que viveu ali um senhor árabe que lhe deu o nome».
À semelhança da maioria das freguesias, a do Couto nasceu da antiga paróquia que era designada por São Pedro de Gândara.
Pinho Leal refere que esta freguesia foi erigida em Couto pelo Conde D. Henrique em 1100 e que se chamou Couto da Porta, tendo sido extinto no reinado de D. João I. Segundo José Anastácio de Figueiredo, Couto era todo aquele lugar ou herdade demarcado por autoridade do monarca, onde não se podia entrar por arbítrio próprio, mas sim por licença do respetivo senhor.
Em 1242, esta freguesia é mencionada na doação do pároco Martim Nunes ao abade e convento do Mosteiro de Fiães de bens e direitos: «… et quantum habeo in uilela de gradi et in selin et quantum habeo in ecclesia sancti petri de gandera Facta donationesub era m cc lxxx…».
As Inquirições de 1258 não fazem referência a esta freguesia, mas em 1290 as Sentenças de D. Dinis das referidas Inquirições mencionam: «Jtem freguesia de sam Pedro de gondera he prouado que he couto ao moesteiro d azar per padrões e d ouuida dizem as testemunhas que o coutou haa Rainha dona tareiga Estee commo estaa». Em 1320, o Rol de taxação régia das igrejas e dos mosteiros do Bispado de Tui, situados no território de Entre Lima e Minho, incluindo os de Valdevez, refere o seguinte: «It Ecclesiam Sancti Petri de Gandara ad quadraginta libras».
Segundo Pinho Leal, em Portugal Antigo e Moderno, na época em que esta freguesia era cabeça do Couto d’Ázere, tinha juiz ordinário, dois vereadores, escrivão, meirinho, etc…
Na sua obra intitulada Corografia Portuguesa, o Padre António Carvalho da Costa diz que: «… em tempo del Rey D. João o primeiro entrou a devacallo a Jurisdição dos Arcos, & a Igreja se unio a huma Conezia da Sé de Braga, que apresenta nella Vigário com oitente mil reis de renda, & trezentos mil reis para o Cónego, que se intitula Abbade de S. Pedro do Couto». Na verdade, os párocos ainda hoje aqui são tratados por abades.
Segundo o Numeramento ordenado por D. João III, em 1527, São Pedro da Gândara tinha 22 casais e, pelo Censo de 1890, esta freguesia tinha 222 fogos e 773 habitantes, dos quais 335 homens e 438 mulheres. Sabiam ler 129 homens e 27 mulheres, sendo 2 estrangeiros. O pico máximo da população desta freguesia foi atingido no recenseamento de 1960 com 972 habitantes. A partir daí, passou a diminuir.
No âmbito histórico-cultural, importa referir o nome de personalidades locais, que, no seu tempo, muito contribuíram para o orgulho da população do Couto, a saber:
Na vida militar
Manuel Rodrigues — Segundo as palavras de José Cândido Gomes, «No lugar de Aldeia, desta freguesia, nasceu Manuel Rodrigues, artilheiro da nau Nossa Senhora da Piedade que, em 1725, depois de obrar prodígios de valor em várias ações militares no mar e em terra, faleceu em Moçambique, sendo sepultado nesta cidade. Deixou um espólio que os seus parentes receberam por intermédio da casa da Índia, existente em Lisboa.»
Na benemerência
Comendador Luiz António Ribeiro Vieira da Cunha — Filho de Francisco António Vieira da Cunha e Antónia Luiza Queiroz Ribeiro, nasceu em 1829. Foi Presidente da Sociedade Beneficente Portuguesa fundada em 2 de fevereiro de 1872, Cônsul de Portugal no Ceará, comerciante e grande proprietário. Faleceu em Fortaleza a 30 de novembro de 1888.
José Rodrigues Coelho — Negociante na Amazónia — Brasil, benemérito da freguesia, tendo concorrido com diversas ofertas para a igreja, tais como sino pequeno, relógio, cruz de prata, alfaias, etc.. Também foi responsável por melhoramentos públicos, entre os quais a escola paroquial masculina, inaugurada em 1902.
José Maria da Costa Bandeira — Imigrante no Brasil, mandou fazer a expensas suas o Pontão de Celeiros no lugar da Bouça, sobre o rio Vez e ligando com Prozelo, nos fins do século XIX. No entanto, as grandes cheias do último quartel do século XX derrubaram o Pontão, tendo este sido substituído pela nova ponte feita em 1998.
Outros
Caetano Torres – Natural do lugar de Pinheiro, imigrante no Brasil, mandou alargar e melhorar a expensas suas, por volta da década de 1940/50, o caminho desse lugar que o povo consagrou passando a chamar-lhe Estrada Caetano Torres. Este foi o primeiro caminho da freguesia a ser beneficiado para o aceso automóvel.
José Cerqueira – Em conjunto com Caetano Torres, foram os primeiros obreiros para que a luz elétrica chegasse ao Couto, o que se verificou na década de 1950, servindo parte dos lugares de Bouça, Porta e Pinheiro.
Taciano Paredes – Chefiando uma Comissão de Melhoramentos para o Lugar d’Aldeia onde reside, foi com o seu empenhamento e persistência o principal obreiro para a concretização do melhoramento de alargamento em 1983 e pavimentação do principal caminho desse, lugar, denominado Estrada d’Aldeia (CM 1292) e que antes era um rude caminho de difícil circulação.
Curandeiros
José Mano — Popular e entendido curandeiro que viveu nos séculos XIX-XX, no lugar da Bouça, no local do largo da Junta de Freguesia, que foi sua propriedade e onde esteve sua casa junto à estrada. Teve duas filhas, Maria e Elpídia Rodrigues Mano, solteiras, que, tendo falecido sem descendência, as suas propriedades passaram para as mãos do Estado português.
Eclesiásticos
Vigário Matias Monteiro d’Araújo — Foi pároco da freguesia desde 1746 a 1790, tendo sido construída neste período a Igreja Paroquial (1747), a qual substituiu uma exígua capela situada no local da Gândara. Desconhecem-se os vestígios desta construção.
Vigário João Cerqueira de Barros —Nasceu no lugar de Selim. Paroquiou desde 1814 a 1848.
Encomendado Manuel António Rodrigues Júnior — Era da antiga Casa de Pinheiro, que foi a mais importante da freguesia, segundo José Cândido Gomes.
Dr. Luíz da Cunha Brandão — Nasceu em 20 de fevereiro de 1974. Bacharel em Teologia, filho natural do Comendador Luiz Ribeiro da Cunha e de D. Maria Júlia Dantas Brandão, da Casa e Quinta da Capela. Foi Cónego da Sé de Braga, examinador pró-sinodal, professor do Seminário de Braga e um erudito. Ordenou-se em 1900.
Encomendado Manuel José Fernandes — Nasceu em Arcos (Salvador) em 1880. Paroquiou esta freguesia desde 1906 a 1910. Por inerência tomou posse de Presidente da Junta Paroquial em 11 de março desse ano. Foi pianista exímio, musicógrafo e compositor, especialmente de música ligeira.
Padre Manuel Rodrigues Lopes — Nasceu no lugar de Pinheiro e foi vogal da Junta de Freguesia desde 21 de dezembro de 1908 até 28 de Dezembro de 1909.
Nas Letras
Padre Adriano Rodrigues Pinheiro — Filho de lavradores pobres, foi ordenado à custa de muitos sacrifícios e esmolas, em 1900. Era muito estudioso e inteligente, destacando-se entre os seus condiscípulos pelo que foi sempre premiado. Deixou muitos escritos nas colunas dos jornais da terra, tais como; “Atleta Cristão”, “Grinalda” e “Jornal dos Arcos”. Cultivou a poesia que, em grande parte, ficou inédita. Em outubro de 1901, faleceu ainda muito novo, em Melgaço, onde jaz.
Rosa da Soledade Silva Coelho do Couto — É descendente do já mencionado José R. Coelho. Em 18 de Agosto de 1998, contribuiu para um motivo inédito na freguesia ao fazer na sede da Junta o lançamento do livro Agarrei um Sonho.
Na pintura
José Baptista Cerqueira — Nasceu na Quinta do Outeiro – Aldeia, em 1938, filho de António Cerqueira (Presidente interino da Junta de Freguesia entre 1978 e 1980) e de Rosa de Jesus Baptista. Expôs pela primeira vez em 1983, na Galeria de Arte do Casino do Estoril, seguindo-se outras exposições.
Duarte Nuno Pinheiro Valério de Azevedo Amorim — Nasceu na casa nº. 204 da Estrada d’Aldeia, em 23 de março de 1961, filho de Armando Valério de Azevedo Amorim e de Teresa Rosa Pinheiro.
José Armando — Irmão do anterior, nascido no mesmo local, em 3 de junho de 1963, ambos com diversas exposições e autores do logotipo da Escola Secundária de Arcos de Valdevez, gravado em medalha.
Na magistratura
Emílio Baptista Cerqueira — Irmão de José Cerqueira, foi juiz em Angola.
No artesanato
António da Costa Torres — Natural da Porta, proprietário do lagar de azeite e azenha de serração em Celeiros — Bouça, foi o artesão que nas horas vagas, enquanto serrava madeira, fez o excelente “crucifixo grande” que se encontra na Igreja Paroquial. Consta que antes havia feito um outro, mas porque lhe saíra mal o deitou ao rio.
José Rodrigues – Do lugar da Bouça, tocador e artesão de concertinas.
António Pinheiro — Do lugar da Porta, foi um aprimorado artesão em carpintaria e marcenaria.
Maria Preciosa Afonso Cerqueira — Foi uma excelente tecedeira de artísticos trabalhos da especialidade. Faleceu no lugar d’Aldeia onde residia.
Taciano Paredes e seu primo Domingos Ferreira de Sousa — Ambos do lugar d’Aldeia, foram artesãos de cestos de madeira rachada e encanastramento de garrafas e garrafões.
Manuel Araújo — Foi ferreiro de profissão e deixou a continuação do ofício a seus filhos, José e Luís, bem como ao aprendiz David Coelho Torres, atualmente estabelecido no sítio do Cachão, lugar da Bouça.
Manuel Rodrigues Esteves Fernandes — Ainda vivo, foi Secretário da Junta de Freguesia, carpinteiro, coveiro e, como sacristão, foi um excelente tocador dos sinos da Igreja Paroquial.
Alvarina Veloso Esteves — Do lugar da Bouça, distinguiu-se nos bordados.
Maria de Lurdes Pinheiro da Rocha Torres — Também do lugar da Bouça, distingue-se e nos bordados e no artesanato em linho.
Maria das Dores Torres Silva — Do lugar de Pinheiro, dedicou-se aos bordados e ao crochet.
Maria Rodrigues Fernandes — nasceu no Lugar de Selim a 26 de novembro de 1902 e faleceu a 16 de Novembro de 1988. Tecedeira, para além de outros trabalhos em lã, linho, algodão e estopa. Elaborava toalhas, tapetes, passadeiras, colchas, aventais, cobertores e lençóis.
Na música popular
Ao longo dos tempos, têm sido diversos os tocadores populares de concertina nesta freguesia:
José Rodrigues
Delfim Gachineiro
Manuel Leonildo Caldas Fernandes
Artur Gomes da Silva
Armando da Silva Dias
Manuel Coelho — Foi o que mais se evidenciou, levando longe a sua fama de exímio tocador.
Bruno Amorim
Daniela Torres
Lendas Típicas (e outras histórias)
Transcrevendo José Cândido Gomes:
– Em abril de 1899 deu-se nesta freguesia um facto que foi clarificado de diversos modos, até de milagre, e que se resume no seguinte, como se pode ver no jornal “O Comércio do Vez”, de 23 do referido Abril.
Hontem, 22 do corrente, quando um carreteiro conduzia no seu carro uns esteios de pedra para o sr. José Rodrigues Coelho, da freguesia do Couto, o mesmo carreteiro viu que o gado fez paragem inesperada no caminho e não quis andar mais para a frente com o carro, apesar de muito diligenciar com afagos e castigos, usuais em tais casos pelos respetivos carreteiros.
Juntou-se muita gente que viu isto, e vendo que o gado não andava depois de observarem as patas do mesmo, o eixo do carro e o caminho, vieram com espanto a descobrir que em frente do gado e no chão envolto em pó, estaca um crucifixo de metal de cerca de 75 centímetros de tamanho, e que provavelmente alguém ali perdeu.
Levantaram o crucifixo, e imediatamente o gado começou a andar, mesmo sem o tangerem.
Este caso foi muito comentado, e levou ao Couto muitas pessoas para verem o crucifixo, que o sr. José Rodrigues Coelho mandou dourar e meter num pequeno relicário que tinha à veneração em sua casa.
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– Houve em tempos um lugar chamado Fornos (toponímia ainda existente no lugar d’Aldeia) e atualmente local de campos e pinhal. Consta que a sua liquidação se deveu ao facto de uma epidemia ter assolado o mesmo. José Cândido Gomes, em As Terras de Valdovês, conta que «O motivo foi tel-o os povos visinhos arrazado por ter-se tomado num foco epidémico muito perigoso. Ainda há nelle ruínas d’algumas casas». Segundo os mais idosos, o nome “Fornos” devia-se aos fornos que ficaram das respetivas casas.
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– Custódia de Sã Sotto Mayor, do lugar d’ Aldeia, nascida em 1854 e falecida cem anos depois, tinha o mau hábito de por tudo e por nada rogar pragas. Certa ocasião, vinha do monte com um feixe de lenha para o lume e pelo caminho, de repente, dá com uma cobra atravessada na via. Como ficou surpresa e assustada, na precipitação rogou uma praga e, nesse momento, a serpente saltou contra o seu peito, deixando-a apavorada. A partir daí, ficou doente e viu-se obrigada a vender uma propriedade para custear as despesas com o tratamento. Depois de um dos tratamentos, talvez o último, durante tempos passou a usar ao pescoço uma chave com que havia sido fechada (no dizer popular) para que nela não voltassem a entrar maus espíritos.
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– No lugar de Pinheiro, junto ao Vês e ao ribeiro de Pinheiro, existe um local denominado Salgadeira e, segundo se conta, este topónimo tem origem no facto de aí se terem afogado diversas pessoas quando ao rio iam tomar banho.
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– Conta-se que a imagem de Nossa Senhora das Dores, que se encontra em altar próprio, na Igreja Matriz da freguesia, foi trazida da extinta capela das Almas, do lugar de Chãos, em Gondoriz. Mas há ainda outras versões sobre esta imagem.
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– Imagem de Nossa Senhora do Couto
Muitos são os que se referem à origem desta milagrosa Senhora da forma que se vai expor a seguir.
Certo dia, um homem mentecapto entrou numa Igreja da Galiza, do Termo da cidade de Tui, chamado Olelos. Aproximou-se de um altar, onde encontrou uma linda imagem de Nossa Senhora, do tamanho de palmo e meio, com o Menino Jesus nos Braços. Tirando-a do altar, levou-a consigo até ao lugar do Couto d’Ázere ou do Trancoso, na mesma Freguesia. Tão grande era a sua ignorância, que andava a oferecer a imagem a quem lha comprasse. Não encontrando ninguém interessado (por desconfiarem que era furtada), entrou em casa de um vizinho e pediu-lhe fruta em troca da imagem. Ali deixou ficar a imagem e o dono da pousada colocou-a em local de reverência para a venerar.
Com a presença da Santa Imagem, o homem começou a sentir grande devoção e considerou que a Senhora não estava bem em sua casa, pedindo ao pároco da Freguesia que a levasse para Igreja, o pároco assim fez, em grande procissão com o povo da terra, e logo a Santa começou a fazer milagres.
O Cura de Olelos, ouvindo falar da Santa e não sabendo o que acontecera com a que desaparecera da sua Igreja, desconfiou que se tratasse da mesma e quis examiná-la. Entretanto, o pároco do Couto d’ Azere, tomando conhecimento de que poderiam vir buscar a Imagem de Nossa Senhora, mandou fazer uma igual, do mesmo tamanho. Assim, perante o pároco de Olelos, colocou as duas imagens para que ele levasse a sua. No entanto, colocou-as de forma a que a imagem milagrosa ficasse no Couto e a nova fosse para Olelos.
(Fonte consultada: Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Junta de Freguesia de Couto e colaboração de Vidal Araújo Sotto Mayor Paredes)
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